sexta-feira, 27 de março de 2009

HORA DO PLANETA | Sábado, 28 de março, às 20h30 | APAGUE TUDO !

O WWF-Brasil participa pela primeira vez da Hora do Planeta, um ato simbólico, que será realizado dia 28 de março, às 20h30, no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global.
O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem como objetivo chamar para uma reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas.

Participe! É simples. Apague as luzes da sua sala.

www.earthhour.org

domingo, 22 de março de 2009

Triboulet



Lá em cima, a expectativa criada pela sociedade do espetáculo era tanta que uma cegueira coletiva havia tomado conta dos porões do sanatório. Que tipo de reverência deveríamos prestar? Só devemos falar se indagados? Suportaríamos a pressão das inquisições?
ELE desceu...cansado. Não usou a pirotecnia que estávamos esperando. Foi ameno, para não dizer apático. Não inquiriu, não subtraiu nem acrescentou. Para alguns, prostrar-se diante d'ELE foi "a experiência". Para os vermelhos, aquilo foi um insulto. Para outros, foi como uma pincelada com gotas de água benta. Em seu trono, silencioso observou os bufões tentando entretê-lo. Não chegava a ser um espetáculo...ao contrário, uma apresentação mambembe para o entretenimento real.
Finito, levantou-se. Em tom baixo, previsível e indiferente, disse que havia sido um prazer e que havia ficado satisfeito com o show que havia presenciado...desejou boa sorte, e subiu...

quarta-feira, 18 de março de 2009

PÓS GRADUAÇÃO EM BRANDING



Dei um "copy paste" de uma notícia que acabei de receber do blog da revista ABC Design.

"Foram prorrogadas as inscrições para a Pós-Graduação de Branding da Universidade Positivo, para o dia 24 de março.

O curso é bem interessante. Entre as competências que pretende desenvolver estão:

- especializar o profissional em branding, por meio do gerenciamento de marcas.
- promover a compreensão da necessidade do processo estratégico de gestão de marcas nas empresas
- processo de gestão de marcas, métodos e ferramentas que auxiliem na construção de valor de marca
- gerenciamento de programas de identidade de marcas por meio da interdisciplinariedade de conteúdos

O curso reúne profissionais de peso do design brasileiro, como Lincoln Seragini, do escritório Seragini, Farné e Guardado; Luciano Deos, do Gad'; e Eduardo Tomiya; da BrandAnalytics. (e eu, esse que vos escreve)

No dia 20, sexta-feira, 19h30, acontece a abertura do curso, com entrada franca, no Bloco Amarelo da Universidade.

terça-feira, 17 de março de 2009

RACIONAL OU EMOCIONAL

HOJE DEI UMA AULA DE PROJETO DE PRODUTO 1 E FALAVA PARA A TURMA SOBRE AS IMPRESSÕES DE BRUNO MUNARI SOBRE DESIGNER ROMÂNTICO E DESIGNER PROFISSIONAL. Na minha primeira postagem eu disse querer ser mais racional e minutos atrás escrevi lamentando a morte do Clodovil. QUERO SER RACIONAL E DOU UNS DESLIZES EMOCIONAIS. Mas na conclusão da aula de hoje, falei para os alunos que o ideal seria mesclar as duas coisas, 5050. Bem em cima do muro mesmo.
Eu mudei. Anos atrás eu achava que o designer deveria ser totalmente prático, cinza e frio como na revolução industrial. Bem tempos modernos...Acho que dá pra ser 4060. Põe mais emoção que fica mais legal!

A MORTE DA FADA MADRINHA


Terminado a história sobre o Clodovil...
...depois de ler a carta da tal gordinha, ele pegava um pedaço de tecido, me lembro de um xadrez bem miúdo, escocês de tão xadrez...
Ele pegava um marcador importado, daqueles que todo arquiteto metido a besta tem na pastinha para impressionar madame rica, e desenhava um croqui, dando asas a toda a sua viadice. Aparecia uma silhueta longa, pernas que tinham 3 vezes a altura do corpo. A mão estilizada, as expressões do rosto marcadas por pontos e traços bem curtos, terror de todo aluno de design de moda.
Eles detestam desenhar mãos.
Enfim, Clodovil dava vida ao desenho, com as palavras ele ia modelando a imaginação daquela gordinha, e fazia com que ela se sentisse uma Gata Borralheira diante da fada madrinha.
Talvez no dia do casamento ou da formatura, a tal-gordinha-madrinha-mãe-de-formanda podia se sentir uma capa de botijão de gás, mas naquele momento global ela se sentia uma "little princess".
Clodovil era a tal fada madrinha. E quem falava mal de suas viadices, teve que engolir a imagem da fada, anos depois, mais amargo, como deputado global. E ser enterrado amanhã, após um velório na assembléia (não a de Deus) mas a legislativa. Não é todo mundo que pode isso. Ele pôde!

Afinal pode ou pôde? Tem ou não acento isso?

O DIA EM QUE O ROSA CHOQUE DA LUGAR AO PRETINHO BÁSICO

Fiquei triste com a morte do Clodovil. Eu via o cara na TV Mulher, isso lá nos anos 80, Naquela época eu gostava de ver aquela parte dos programas de TV onde apareciam geringonças para cozinha. Cortador de legumes, modulador de ovo quadrado, cortador de batatas em fatias finas, eu achava tudo aquilo o máximo.
Depois aparecia o Clodovil, com aquele ar de lorde inglês. No cenário, ao lado dele, tinha um cavelete com um bloco de papel A2. Em uma das partes de sua fala, ele recebia uma carta (isso mesmo, carta!) de uma telespectadora global, pedindo a criação de um modelo para uma ocasião especial. Se alguém acha que ser madrinha de noiva ou mãe de formanda especial (para elas deve ser sim).
Clodovil lia a carta, descrevia a telespectadora, ressaltando as formas rechonchudas. Depois dava uma dicas do tipo, gordinha jamais deve usar listras horizontais e vermelho....hahahaahhaha!
Eu fiquei a vida inteira com isso na cabeça, mas sempre gostei de vermelho e ano passado comprei a minha primeira camisa pólo, listrada, listras largas, marrom, branco, marrom, branco...
to vendo a novela do sbt, trash total, a tal revelação
é legal de ver de tão trash que ela é
o texto nao casa com a imagem
o roteiro é péssimo
a interpretacao é pessima
o camera é pessimo
o cenario é pessimo...
os diálogos são medonhos.
nem o galã e a mocinha se salvam!

Isso me lembra o meu tempo de designer, em que eu tinha que passar até altas horas da madrugada produzindo fotos que eu sempre achei um lixo. Mas uma hora você tinha que fingir que estava bom, pois tudo era tão precário. A gente tinha que levar coisas de casa, livros para ambientar, objetos estranhos de design para dar um brilho metálico na cena. Isso sem falar dos tecidos se desfazendo líquidos por cima dos móveis. Naquelas noites eu me achava um profissional de merda, por saber o que era legal, pois eu lia as Vogue de decoração e sabia o que era bom...e naqueles dias tinha que dirigir aquelas fotos. Dirigir não, criar, produzir...
Mas aprendi!

Vale a pena ver: a minha novela!