terça-feira, 17 de março de 2009

A MORTE DA FADA MADRINHA


Terminado a história sobre o Clodovil...
...depois de ler a carta da tal gordinha, ele pegava um pedaço de tecido, me lembro de um xadrez bem miúdo, escocês de tão xadrez...
Ele pegava um marcador importado, daqueles que todo arquiteto metido a besta tem na pastinha para impressionar madame rica, e desenhava um croqui, dando asas a toda a sua viadice. Aparecia uma silhueta longa, pernas que tinham 3 vezes a altura do corpo. A mão estilizada, as expressões do rosto marcadas por pontos e traços bem curtos, terror de todo aluno de design de moda.
Eles detestam desenhar mãos.
Enfim, Clodovil dava vida ao desenho, com as palavras ele ia modelando a imaginação daquela gordinha, e fazia com que ela se sentisse uma Gata Borralheira diante da fada madrinha.
Talvez no dia do casamento ou da formatura, a tal-gordinha-madrinha-mãe-de-formanda podia se sentir uma capa de botijão de gás, mas naquele momento global ela se sentia uma "little princess".
Clodovil era a tal fada madrinha. E quem falava mal de suas viadices, teve que engolir a imagem da fada, anos depois, mais amargo, como deputado global. E ser enterrado amanhã, após um velório na assembléia (não a de Deus) mas a legislativa. Não é todo mundo que pode isso. Ele pôde!

Afinal pode ou pôde? Tem ou não acento isso?

Nenhum comentário:

Postar um comentário